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Educador 3.0: um perfil ao alcance de todos

Por Cláudio Sassaki

Olá, pessoal!

Se você está lendo este blog, é provável que já tenha algum interesse em inovação educacional por meio da tecnologia. E você não está sozinho: um estudo realizado pelo Ibope Inteligência e pela Fundação Lemann ouviu mil professores de Ensino Fundamental da rede pública em todo o país  e descobriu que a grande maioria deles acredita que a tecnologia em sala de aula pode melhorar a Educação (acesse o trabalho aqui). Ter materiais didáticos digitais de qualidade e receber treinamento para o uso da tecnologia aplicada ao ensino são ideias apoiadas por 92% deles, enquanto 81% acredita na aprendizagem personalizada com o apoio desses recursos.

É muito positivo o fato de que os professores estão se abrindo para as possibilidades oferecidas pela tecnologia. Criar novas maneiras de estimular os alunos é fundamental em um contexto em que uma em cada quatro crianças brasileiras que iniciam o Ensino Fundamental abandona a escola antes de chegar ao Ensino Médio, segundo o relatório de Desenvolvimento 2012 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). E, mesmo entre os que permanecem, outro índice assusta: o Relatório de Monitoramento da Educação para Todos, lançado em 2014 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostra que a taxa brasileira de reprovação no Ensino Fundamental é de 18,7%, cerca de 7 milhões de crianças e jovens (leia mais aqui). Comum às duas situações, e mesmo em turmas que passam de ano, é o fato de sempre haver um alto número de alunos desinteressados e apáticos na sala de aula.

Há uma variedade de fatores envolvidos nesses índices. Mas, de modo geral, eles não devem nos surpreender se considerarmos que o modelo tradicional de ensino remonta à Revolução Industrial e à ideia de linha de montagem. Fabricar alunos em lotes não faz sentido em um universo tão cheio de particularidades. E obrigar alunos que estão inseridos em um mundo digital desde seu nascimento a permanecerem atentos por horas enquanto recebem passivamente informações não é realista.

Apesar de acreditarem na tecnologia, porém, os educadores ainda a encaram como algo complexo e distante de sua realidade, especialmente em escolas públicas que não dispõem de uma boa infraestrutura. Mas não precisa ser assim. A inovação pode vir de maneiras simples e pontuais, e o professor não deve ter medo de experimentar – nem de errar. Afinal, não é isso o que se ensina aos alunos?

Ensino personalizado em escola pública
O Brasil tem bons exemplos que provam que é possível inovar a partir de ações que exijam uma estrutura mínima. Um deles é o de Eric Rodrigues, jovem professor de História do Ensino Fundamental da EM Emílio Carlos, no Rio de Janeiro. Depois de dois anos lecionando, ele sentia que havia falhado: o índice de reprovação bimestral dos alunos era alto, o interesse e envolvimento com as aulas era baixo e ele sentia que o aprendizado não estava sendo suficiente, mesmo entre os que tiravam notas razoáveis. O professor tentou enriquecer a aula expositiva, usando imagens, por exemplo, mas notou que o problema era o fato de o aluno ter de ficar sempre em uma posição passiva como ouvinte.

Enquanto pesquisava alternativas, Eric entrou em contato com o conceito de ensino híbrido por meio de um workshop. Lá, desenvolveu projetos experimentais e voltou com novo fôlego para criar algo que pudesse ser aplicado à sua realidade. “Eu não podia fazer um trabalho que contasse com a internet porque ela é muito instável na escola, e só tínhamos disponíveis oito netbooks muito básicos”, conta.

Eric fez pequenos testes com suas duas turmas de cerca de 40 alunos, sempre avaliando com eles o que funcionava melhor. Hoje, o método envolve carregar previamente os netbooks com recursos que ele mesmo produz, incluindo vídeos e um blog em que disponibiliza a agenda de cada aluno – para acessá-lo, clique aqui.  “Eu tive que repensar toda a experiência da aula. A sala foi dividida em grupos e eu só me coloco como professor expositor por cerca de 15 a 20 minutos. Depois disso, viro um mediador, ajudando cada aluno a realizar as atividades propostas para ele de acordo com o seu nível de conhecimento e com os métodos adequados”, explica. Apesar de se tratar de uma escola bem tradicional, suas ideias foram bem recebidas: Eric até mesmo teve permissão para juntar suas três aulas semanais em um bloco só, o que facilita essa dinâmica.

“Precisei adaptar o meu método ao da escola tradicional, dando pontos para as atividades e realizando provas. Mas, ao mesmo tempo, consigo usá-las como um diagnóstico que me permita oferecer ao aluno alternativas para entender o conteúdo de outras maneiras – e para desafiar aqueles que já dominam a matéria, mantendo-os engajados”, explica. Desenvolver os materiais e carregar os computadores exige um tempo extra de trabalho, mas os resultados não poderiam ser mais animadores: “Os alunos estão muito mais envolvidos, a participação na aula aumentou muito e as reprovações caíram de 30% para menos de 15% por bimestre – o que, para uma escola pública, é um número quase residual”.

Como criar atividades experimentais
Professores que não dispõem de muito tempo ou que não se sentem preparados podem começar com ações mais pontuais. Também no Rio de Janeiro, outro professor de História incorporou o Facebook às suas aulas em uma atividade sobre o Renascimento. Pedro Henrique Castro, do Colégio Pensi,  dividiu suas turmas do primeiro ano do Ensino Médio em grupos e pediu para que cada um criasse uma página na rede social para algum personagem daquela época. “Eles deveriam fazer posts e comentários que relacionassem esse período e a própria realidade, atendendo a um dos objetivos da História, que é usar o passado para pensar o presente”, conta. A resposta dos alunos foi muito positiva. “Eu me considero um cara muito otimista, mas os resultados continuam me surpreendendo”

Fonte: Revista Nova Escola

 
 
 
   
 
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