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Colocar os jovens para pensar faz parte do trabalho com valores

Por Flávia Vivaldi

É importante fazer a distinção entre os tipos de práticas mais utilizadas, assim como as finalidades de cada uma para que não sejam utilizadas como reprodução de uma boa ideia. Como já defendemos anteriormente, é a clareza de onde pretendemos chegar que nos ajuda na escolha dos meios, ou seja, das práticas.

Objetivamente, podemos selecionar para nosso trabalho diário dois tipos de práticas morais: as de reflexividade e as de deliberação. Cada uma atende a objetivos distintos, mas complementares. Esclarecendo melhor: as práticas de reflexividade auxiliam os alunos a olharem para si, buscando perceber, conhecer, reconhecer e compreender os próprios sentimentos, valores e princípios norteadores dos juízos e ações.

Se levarmos em consideração uma das fortes características da adolescência – a ligação com os pares – as práticas de reflexividade tornam-se fundamentais para que nossos alunos possam pensar sobre suas escolhas, independente do grupo ao qual pertençam. Afinal, um dos grandes riscos na adolescência é integrar ou seguir grupos que agem preferencialmente no sentido contrário dos valores socialmente desejáveis. Pois bem, uma das vacinas para que isso não ocorra é o planejamento de espaços sistematizados de reflexão e diálogo sobre a própria pessoa – que valores construiu até o momento, quais de fato são relevantes e quais já se fragilizaram, quais expectativas tem para o futuro etc. Todos esses conteúdos integram um exercício necessário à construção da personalidade ética: o de clarificação de valores. Para que eu reconheça o valor do outro e, portanto, o respeite, tenho antes que reconhecer meus próprios valores e sentir-me também respeitado.  Isso, no entanto, não é suficiente. É preciso avanços e aprofundamentos em relação a essas práticas, o que fica por conta da deliberação, que abordaremos no próximo post.

Espaços sistematizados

Uma vez entendida a abrangência das práticas de reflexividade, surge, provavelmente, a pergunta sobre quais atividades são possíveis de serem propostas para alcançarmos o objetivo. Vamos a elas, mas não sem antes destacar que os exemplos de atividades que se seguem são alguns dentre muitos outros que podem ser realizados.

Dependendo da área de conhecimento do professor, e tendo clara a finalidade desse trabalho, o próprio conteúdo da disciplina pode ser utilizado como disparador. Por exemplo, em História é possível propor aos alunos que se coloquem no lugar de um dos personagens que estão sendo estudados e, a partir disso, lançar algumas questões: “Imaginem que viajamos no tempo e que cada um de vocês acaba de desembarcar no momento histórico x, quando estava ocorrendo tal situação. Como se sentiriam? Do que teriam medo? O que gostariam de fazer? O que teriam feito se estivessem no lugar do personagem x? Por que agiriam dessa ou daquela maneira?”. E em seguida, discutir quais valores eram predominantes naquela época, quais são agora, o que mudou social e culturalmente ao longo desse período, de que forma que eles entendem esse processo, entre outras coisas. Tais questões cabem também para o trabalho nas aulas de Literatura, Redação, Filosofia, Geografia… é necessário somente que o professor esteja atento ao conteúdo moral presente no episódio, texto, ou fato que está sendo discutido com os estudantes.

Entretanto, se, além disso, a escola tiver em seu quadro curricular uma disciplina específica para o trabalho com valores, muito melhor! As propostas de atividades para esse espaço institucional estariam, então, orientadas para a formação moral da turma. Sendo assim, podemos usar diversos disparadores afetivos –vídeos, comerciais, fatos, conflitos hipotéticos, jogos etc., que funcionam para preparar e sensibilizar os adolescentes. Essas ferramentas ajudam a acender em cada um sentimentos diferentes que devem ser reconhecidos e analisados a fim de que eles ampliem seu autoconhecimento. Com base nisso, o trabalho de autorregulação é intensificado, uma vez que é possível para o aluno generalizar seus sentimentos, seus juízos e suas ações para outros contextos com conteúdos similares.

Importante: os registros dos alunos somente devem ser compartilhados entre o grupo com a permissão do autor. As práticas de reflexividade, como o próprio nome sugere, têm como objetivo principal a reflexão individual e não a discussão ou debate. Essa característica é da deliberação.

Para se aprofundar sobre o tema “Práticas Morais”, sugiro a leitura do seguinte texto: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000927725&opt=4

E então? O que você pensa sobre nossas sugestões? Já usou alguma dessas estratégias? Compartilhe conosco sua experiência!

Fonte: Gestão Escolar

 
 
 
   
 
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