QUALIDADE DE VIDA NO JARDIM SANTOS DUMONT III

INTRODUÇÃO

O processo de ocupação clandestina de diferentes áreas das grandes cidades não é um assunto novo para a sociedade, entretanto nos últimos anos o aumento do fluxo migratório interestadual acentuou o crescimento demográfico de áreas consideradas inapropriadas do ponto e vista arquitetônico e da saúde.

Esta ocupação desordenada e desenfreada acarreta o agravamento de problemas urbanos que já poderiam ter sido solucionados há pelo menos uma década, caso fosse possível reverter esta situação.

Um levantamento realizado pela Fipe em conjunto com a USP estimou que em 2000 a população residente em favelas chegou a 1,9 milhões de pessoas, correspondendo a 11% da população. Atualmente este número já ultrapassa a casa dos 2 milhões de pessoas, uma vez que a taxa de crescimento  da população destas áreas cresce na casa dos 15%, bem acima da taxa de crescimento demográfico do município.

Partindo deste princípio,  a Associação Universitária de Pedagogia do Brasil (AUNIPEDAG.BR)  sob coordenação pedagógica da Nasce&Tece - Reengenharia Educacional, está realizando um trabalho de melhoria da qualidade de vida das famílias do Jardim Santos Dumont III, no município de Mogi das Cruzes, por meio de um projeto de inclusão social que trata da questão do acúmulo de lixo e de material reutilizável e reciclável. Este projeto inclui a construção de uma usina de reciclagem, além da criação de uma horta comunitária, que irá gerar fundos que serão empregados em ações de melhoria da vida destas pessoas.    Desta maneira, pretendemos educar as crianças para que estas incentivem seus pais e familiares a agirem em favor da melhoria de suas habitações e das ruas da comunidade, ofertando a eles o material necessário para estas melhorias e, em paralelo, fazendo um trabalho de sensibilização e conscientização da importância da Promoção da Saúde em suas vidas.

Por fim, pretendemos ao longo deste trabalho montar um documentário em vídeo para servir de incentivo à multiplicação da idéia de que havendo união, boa vontade e informação, podemos tornar este um lugar favorável ao desenvolvimento infantil.

OBJETIVOS

Sensibilizar e conscientizar a população local da importância da higiene para a vida humana;

Estimular as crianças da comunidade a preservar o local onde vivem;

Estabelecer um local apropriado para o armazenamento de material reciclável/reutilizável;

Montar com as crianças do projeto um jardim que servirá de fonte de material para revitalização de espaços comuns;

Implementar uma usina de reciclagem para separação e enfardamento de plástico, papel, metal e vidro;

Orientar os moradores na melhoria de suas habitações;

Organizar, junto aos moradores, uma horta cujos produtos cultivados serão vendidos para benefício da Associação;

Documentar em vídeo todas as ações previstas no projeto.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se estabelecer uma conscientização da população participante sobre a importância da qualidade de vida nas diferentes fases da vida, com uma abordagem em particular para as crianças, tornando-as agentes mutiplicadores dentro da comunidade.

Acredita-se também, que a produção do documentário poderá servir de base para incentivo e aumento destas atividades dentro e fora do Jardim Santos Dumont III tornando-se ponto de referência para futuras atividades.

Ao final deste trabalho as crianças do PROJETO POROROCA, terão participado de uma grande oportunidade de conseguir dar passos mais largos em favor de sua liberdade, com aumento da auto-estima, algo sem o qual o ser humano não sobrevive. Assim, teremos dado a elas mais força e mais fôlego para manter o nosso planeta respirando, e vivendo.

Se você tem interesse em contribuir com este projeto, entre em contato conosco.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, R.; DÁNDREA, T. Estrtura e oportunidades em uma favela de São Paulo – capítulo 8.  In: Pesquisa etnográfica da região metropolitana de São Paulo, 2000.

BASTOS, P. Urbanização de Favelas. Instituto de estudos avançados da universidade de São Paulo, 2008.

MARQUES, E; TORRES, H. G.; SARAIVA, C. Favelas do município de São Paulo: estimativas de população para os de 1991, 1996 e 2000.

SARAIVA, C; MARQUES E. A dinâmica social das favelas da região metropolitana de São Paulo, pp. 1-26, 2000.